Falta de trabalhadores atinge o país

A falta de trabalhadores no setor comercial alcançou o maior patamar dos últimos cinco anos, conforme aponta um levantamento recente do próprio setor. A dificuldade para preencher vagas já afeta 57 das 100 principais ocupações do varejo, levando empregadores a ampliar salários e benefícios como estratégia para atrair profissionais.
A escassez é percebida principalmente em atividades ligadas à logística e ao comércio eletrônico, que registram aumento constante na demanda por trabalhadores. Para suprir a necessidade de pessoal, empresas têm direcionado esforços para a contratação de jovens e profissionais em início de carreira, além de oferecer incentivos adicionais.
Em muitos casos, a dificuldade de contratação levou organizações a reajustarem remunerações e ampliarem benefícios, como auxílios alimentares e bonificações por assiduidade. Mesmo com essas medidas, o preenchimento das vagas segue desafiador.
Dados do levantamento indicam que, nos últimos 12 meses, o salário médio de admissão no comércio cresceu acima da inflação, com algumas funções apresentando aumentos próximos de 10%. Esse movimento é apontado como um sinal claro de escassez de mão de obra no setor.
Entre as ocupações com maior déficit de profissionais estão funções ligadas ao atendimento remoto, à análise de mercado e à área de negócios, que também registraram elevação expressiva nos salários iniciais.
A solução para o problema, segundo especialistas do setor, tende a exigir mais tempo e investimentos em qualificação profissional. A adaptação do mercado de trabalho às novas demandas, especialmente relacionadas à digitalização e à tecnologia, é vista como fundamental para reduzir a falta de trabalhadores e equilibrar a oferta de mão de obra no comércio.















