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Segurança

Forças de segurança apuram ataque contra comunidade judaica na Austrália

14/12/2025 às 16:31
Forças de segurança apuram ataque contra comunidade judaica na Austrália

Momentos de lazer e celebração se transformaram em cenas de terror durante um ataque ocorrido em uma das praias mais conhecidas da Austrália. Testemunhas relataram correria, sons de tiros e pessoas tentando se proteger enquanto o atentado acontecia.

Ebonny Munro, de 32 anos, estava no local com o filho de 17 meses quando percebeu que algo estava errado. Segundo ela, o ambiente parecia festivo, com música e crianças brincando, até que os primeiros disparos foram ouvidos. Em meio ao pânico, Ebonny se escondeu sob uma churrasqueira metálica junto com outro homem. Ela contou que conseguia sentir o cheiro da pólvora enquanto as balas passavam acima de sua cabeça. O tiroteio teria durado cerca de dez minutos, e ela afirmou ter visto ao menos uma pessoa ser atingida.

Após conseguir sair da área, Ebonny e o bebê foram levados para um clube de salva-vidas nas proximidades, onde recebeu atendimento para ferimentos leves causados durante a fuga.

Outro relato veio de Finn Foster, um mochileiro canadense de 18 anos. Ele contou que caminhava com a namorada quando ouviu barulhos semelhantes a fogos de artifício. Pouco depois, percebeu que se tratava de tiros. Segundo ele, pessoas entraram em desespero, correram pela rua, escalaram muros e tentaram se proteger levando crianças nos braços.

Pouco tempo após o ataque, a polícia encontrou um veículo na Campbell Parade, em Bondi, que continha artefatos explosivos improvisados. Especialistas da brigada antibombas foram acionados e removeram os dispositivos com segurança. De acordo com as autoridades, os explosivos estavam próximos a uma ponte usada pelos atiradores. O material foi transportado em um veículo blindado, segundo a emissora pública australiana ABC.

Imagens gravadas durante o ataque mostram o momento em que um dos suspeitos é imobilizado por um homem que se aproxima por trás e consegue retirar a arma de suas mãos.

O atentado deixou 11 pessoas mortas e 29 feridas, segundo informações oficiais.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, classificou o episódio como um “ataque terrorista devastador” e afirmou que o crime teve motivação antissemita. Segundo ele, o ataque foi direcionado à comunidade judaica durante o primeiro dia de Hanukkah, uma data tradicionalmente marcada por celebrações.

— Um ataque contra judeus australianos é um ataque contra toda a Austrália — declarou o premiê.

Danny Ridley, fotógrafo que registrava a celebração no momento do atentado, afirmou que estava a cerca de 30 metros dos atiradores e se abrigou atrás de um parquímetro. Ele sofreu um ferimento leve na costela ao ser atingido de raspão. Ridley contou ainda que um policial que estava sozinho no local trocou tiros com os criminosos até a chegada de reforços.

Representantes da comunidade judaica afirmaram que o ataque foi direcionado ao evento realizado na praia e causou forte comoção. Para líderes comunitários, o atentado representa um golpe profundo contra a segurança e a convivência no país.

Após os disparos, a polícia isolou a região e determinou a evacuação imediata da praia e de áreas próximas. Moradores, turistas e comerciantes seguiram as orientações das forças de segurança, enquanto equipes de emergência prestavam socorro às vítimas.

Localizada na zona leste de Sydney, Bondi Beach é um dos cartões-postais da Austrália e costuma ficar lotada, especialmente nos fins de semana, o que ampliou o impacto do ataque.

A Austrália é reconhecida internacionalmente por suas rígidas leis sobre armas de fogo e por registrar baixos índices de violência armada. Após massacres ocorridos nas décadas de 1980 e 1990, o país adotou restrições severas à posse e ao uso de armas, tornando episódios como este raros no cenário nacional.