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Religião

Processo de Canonização na Igreja Católica envolve investigação e reconhecimento de Milagres

15/12/2025 às 12:24
Processo de Canonização na Igreja Católica envolve investigação e reconhecimento de Milagres

Virar santo na Igreja Católica não é simples. O processo é longo, exige provas concretas e pode levar décadas. O responsável é o Dicastério para as Causas dos Santos, órgão do Vaticano que investiga candidatos à santidade. Ele analisa testemunhos, documentos e possíveis milagres atribuídos ao fiel. O que aconteceu

A Igreja centralizou o reconhecimento da santidade há séculos. No século XX, ocorreu uma virada organizacional.

Em 1969, Paulo VI separou as funções litúrgicas do antigo organismo e estruturou o setor de causas dos santos. Em 1983, João Paulo II reformou o procedimento, encurtou prazos e padronizou as fases diocesana e romana, com o documento Divinus perfectionis M… 2025: Acutis e Frassati viram santos. Em 7 de setembro de 2025, o Papa Leão XIV canonizou Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati. A celebração reuniu dezenas de milhares de fiéis em Roma… Acutis, jovem da "geração milênio", usou a internet para divulgar milagres e catequese. Ele morreu aos 15 anos, em 2006, e teve dois milagres reconhecidos pela Igreja. Um deles ocorreu no Brasil, quando um menino de Campo Grande (MS) foi curado de uma rara doença congênita no pâncreas.

Frassati, leigo italiano do início do século XX, ficou marcado pelo serviço aos pobres e pela vida de oração. Os dois foram proclamados santos no mesmo rito… Antes disso, em maio de 2024, o Papa Francisco reconheceu o milagre que abriu o caminho final para a canonização de Acutis. cura inexplicável de uma estudante da Costa Rica, ferida gravemente na cabeça em 2022. O caso passou por avaliação médica e teológica… Passo a passo: do "Servo de Deus" ao "Santo"

1) Espera mínima. O processo de canonização não pode ser aberto logo após a morte. O Vaticano estabelece um prazo de cinco anos. Essa espera serve para diminuir a influência da emoção inicial e permitir uma avaliação mais equilibrada. Só depois desse período a diocese pode pedir a abertura da causa. Em situações extraordinárias, o papa pode dispensar a regra.

2) Fama de santidade. A comunidade precisa reconhecer que a pessoa viveu de modo exemplar e frutuoso. Sem isso, nada começa. O bispo nomeia um postulador e autoriza a investigação. A partir daí, o candidato recebe o título de Servo de Deus… 3) Fase diocesana (local). São coletados depoimentos, documentos e escritos. A comissão histórica levanta tudo. Censores teológicos avaliam os textos. Um tribunal diocesano formaliza os atos e encerra o inquérito sob lacre.

4) Fase romana (no Vaticano). O Dicastério recebe o material. Um relator orienta a redação do Positio - o dossiê que demonstra vida, virtudes ou martírio e a fama de santidade. Teólogos e, se for o caso, historiadores emitem parecer. Cardeais e bispos do Dicastério votam. Com aprovação, o papa pode assinar decreto de virtudes heroicas ou martírio. O título passa a ser Venerável.

5) Beatificação. É a etapa intermediária. Para mártires, não se exige milagre… Para os demais, é preciso um milagre atribuído à intercessão do Venerável. A cura deve ser completa e sem explicação científica. Comissão médica, consultores teológicos e a sessão de cardeais e bispos analisam o caso. Com o decreto papal, o Venerável é proclamado Beato.

6) Canonização. Para virar Santo, a regra pede um segundo milagre, ocorrido após a beatificação. Com pareceres positivos e o decreto do papa, a Igreja reconhece o culto universal.

Casos especiais. O papa pode dispensar prazos ou milagres em situações excepcionais. "Existem exceções. João XXIII, por exemplo, foi canonizado sem a exigência de um segundo milagre. Já João Paulo II teve seu processo acelerado, com a dispensa do prazo de cinco anos após a morte"…